Poemas metrificados ( na sua maioria ) para Fado.

Uma saudade não mata

Nem sempre a saudade mata
Nem sempre a dor é maior
Quando a paixão nos maltrata
Não há coração que bata
Sem os compassos do amor

Nem sempre os prantos da vida
Simbolizam sofrimento
A vida, quando ferida
Mantém a mesma batida
Dum amor fora de tempo

Nem sempre a maré vai cheia
Porque nem sempre há maré
A luz duma só candeia
Faz avivar a ideia
Dum sonho que ninguém vê

E nesta louca viagem
Sempre perto da partida
O sonho é a tal miragem
Feito de dor e coragem
Que pôe sorrisos na vida