Mas tenho a mente afastada do papel
Tenho poemas, versos de fogo e braseira
Que mais parecem poesia sem cordel
Tenho poemas movidos pela saudade
Mas tenho a alma cativeira da memória
Tenho poemas, suspiros de liberdade
Que mais parecem poesia inovadora
E quando tento
Movimentar o soluço
Para dar corpo à ideia de criar
A voz do tempo
Sustém esse meu impulso
Talvez com medo deste meu desabafar
E assim lá vou contendo
Os poemas que não vendo
Porque entendo;
Vender poemas a esmo
Vender vida… é quase o mesmo
Vender poemas a esmo
Vender vida… é quase o mesmo