Parece alucinação
A rapidez quase louca
Com que vivo o dia a dia
Chego a ter a sensação
Que viver é coisa pouca
Pois trago a vida vazia
Vida vazia, cruel
Vida de simples loucura
Loucura que vem de ti
Tu és meu favo de mel
Porém não tens a doçura
Dos poemas do Ary
Não és estrela da tarde
Nem és, para meu castigo
A rosa dum grande sonho
És fogueira que não arde
Porque já não tens contigo
Um amanhecer risonho