Poemas metrificados ( na sua maioria ) para Fado.

Soneto do desnorte

Sinto-me perseguido p’lo desnorte
Ele aparece sempre aonde estou
Será que sou presságio de má sorte?
Ou será, que já pouco ou nada sou?

Sinto-me desprezado p’lo amor
Ele foge de mim, apavorado
Será que tenho um pacto com a dor?
Ou será que sou amor desencontrado?

Mas seja como for, não baixo braços
E vou tentar encaminhar meus passos
Em direcção ao meu tempo real

Não deixo que a má sorte me torture
Pois sei que não há mal que sempre dure
Nem há bem, que não vá ter ponto final