Quatro algemas poderosas
Testemunhas caprichosas da solidão
Quatro paredes
São paredes revestidas a preceito
Com as marcas deste peito que vai batendo
Velhas amigas, irmãs na cumplicidade
Companheiras na saudade a que me prendo
São paredes que me fazem recordar
Momentos em que a sonhar fui bem feliz
Vejo nelas a luz do passado
Aonde o meu fado criou raiz
Testemunhas caprichosas da solidão
Quatro paredes
Num castelo de ansiedade
Testemunhando a verdade do coração
Testemunhando a verdade do coração
Quatro paredes
Muralha silenciosa
Que pode ser amorosa ou violenta
Que pode ser amorosa ou violenta
Quatro paredes
Guardando um sonho disperso
Mote perfeito dum verso que a dor inventa
Mote perfeito dum verso que a dor inventa
Com as marcas deste peito que vai batendo
Velhas amigas, irmãs na cumplicidade
Companheiras na saudade a que me prendo
São paredes que me fazem recordar
Momentos em que a sonhar fui bem feliz
Vejo nelas a luz do passado
Aonde o meu fado criou raiz
Escrito para a música do Fado Alcântara de Raúl Ferrão