Filhos da minha cidade
Povo humilde como eu
Vou falar-vos com saudade
Da longínqua mocidade
Que no tempo se perdeu
Vou relembrar o passado
Que me ficou na memória
E vou colocar de lado
Esse tempo envergonhado
Do qual, não reza a história
Vou recordar simplesmente
O meu tempo de raiz
E se for conveniente
Gritarei ao sol nascente
O prazer de ser feliz
Meu povo de corpo inteiro
Que tens fado por virtude
Nobre e leal companheiro
Serás sempre mensageiro
Duma eterna juventude