Poemas metrificados ( na sua maioria ) para Fado.

Morrer de pé

Na viragem do tempo consumado
E quando tudo é sonho rotineiro
Persegue-nos a sombra do passado
Quase até ao suspiro derradeiro

Vamos lembrando o sol da juventude
Com que fomos queimando mocidade
Nas nossas intenções de mais virtude
Havia sempre, um sonho em liberdade

Vezes sem fim sonhamos acordados
Vezes sem fim acordamos p’ra sonhar
Por amor cometemos mil pecados
Pecados que ninguém vai condenar

O tempo tem a marca da verdade
Na passagem fugaz, que a vida é
O sol do tempo tem a sua idade
E quem morre d’amor, morre de pé