Poemas metrificados ( na sua maioria ) para Fado.

Alucinado e rimado

Possivelmente e então 
Analisando de perto
Nada há que esteja certo 
Mesmo em pura aceitação

Sequer sei porque razão
Enquanto dura a moleza
O busílis da questão
Vai sofrendo de tristeza 
Ao ver que falta nobreza

A quem não sabe ser nobre 
Tornando muito mais pobre
Esta raça portuguesa
Raça que mantém acesa 
A luz duma nova crença
Não sabe rezar, mas reza

Não sabe pensar, mas pensa 
Quase sem dar p'la presença
De quem vive no convento 
Sem nunca pedir licença 
Nem pagar alojamento

Até que a dado momento 
Alguém de pleno direito
Encaminha o sentimento 
Para as ruas doutro peito

Feito e dito, dito e feito 
Dentro da lei ou sem lei
Com pouco ou com algum jeito
Eis que diz o novo rei;

Como sei que nada sei 
E o que sei nada conta
Sei bem que foi de pouca monta
A fatura que paguei

Mas paguei e não chorei
Porque chorar fica mal
Por isso, bem disfarcei 
A fraqueza natural

Pelo bem ou pelo mal
Pelo sim ou pelo não
Batizei a situação
E chamei-lhe *PORTUGAL*