Poemas metrificados ( na sua maioria ) para Fado.

Guerra absurda como todas são

Os grandes culpados mostram-se doridos
Tentando esconder a culpa que é sua
Bem camuflados vivem escondidos
Fazendo sofrer o povo na rua;
E a menina nua que chora de medo
Procura um abrigo nas saias da guerra
A dor nua e crua irrompe em segredo
No rosto inimigo que conspurca a terra

As mães e os pais protejem as crias
Enquanto se abrigam no sítio possível
Há gritos e ais, há dor e agonia
E as balas castigam duma forma incrível;
É bem percetível a falta que faz
Um beijo, um abraço e um pouco de pão
O rosto visível que matou a paz
É um espelho baço sem luz nem clarão

Se a justiça for o que tem de ser
A pena brutal que vai receber
Vai ser o inferno que merece ter