O fim há-de chegar, pausadamente
Trazendo a solidão compensadora
Depois, terei um verso comovente
Marcando a exatidão daquela hora
O mar dispensará todo o seu sal
Para dar mais sabor a qualquer pranto
A lua cobrirá o ritual
Com laivos de luar em cada canto
Virão de toda a parte vozes novas
Que decerto trarão bonitas trovas
Para cantar, em honra do tal fim
Portanto, minha musa inspiradora
Não te chegues p’ra mim naquela hora
Em que nem eu serei senhor de mim