O sol que nas palavras não existe
É frio arrefecendo a emoção
Assim que o sol acende a manhã triste
A vida ganha enfim... novo clarão
Clarão dum tempo tão apetecido
Tão grato, tão feliz, tão desejado
O tempo em que dum verso proibido
Nasciam versos novos para o fado
Havia mil promessas no olhar
Com traços de conforto natural
Agora quando o sol quer pernoitar
Não encontra o espaço habitual
Sem ter onde ficar, vai de partida
Em busca doutro mundo bem melhor
E quando já não vem à nossa vida
A vida já não tem a mesma cor