No fio duma navalha
Feita pela mão do medo
Ergueram uma muralha
Pra guardar o degredo
A muralha transformou-se
Num feitiço traiçoeiro
E revoltada, virou-se
Contra o próprio feiticeiro
Em convulsão e revolta
E com a razão em riste
Ficou o degredo à solta
E foi-se a muralha triste
Nem muralha, nem navalha
Nem feitiço, nem senhor
Já ninguém mais atrapalha
A liberdade maior