Não entendo a voz do mar
Mas sei que no seu cantar
Existem lendas d’amor
Como a lenda da sereia
Que em noites de maré cheia
Vinha amar um pescador
Sempre que a manhã rompia
E o luar desaparecia
Ia-se embora a sereia
O pescador, amoroso
Aguardava desejoso
Por mais uma lua cheia
Também conta, a voz do mar
Que um marinheiro perdido
Lhe compôs um belo canto
Porém, quando quis cantar
Sufocou de comovido
E afogou-se no pranto
Ou a lenda do infante
Que se tornou navegante
Em nome duma donzela
E foi pelo mar azul
Procurar de norte a sul
Uma ilha… e morreu nela