Na doçura, na paixão
Na sedução da viagem
Nascemos e logo então;
Criamos a tal imagem
Que damos de beija-mão
Damos aquilo que temos
Mesmo pouco ou quase nada
E por vezes recebemos
Sorrisos d’alma rasgada;
O pouco que recebemos
Nunca é de mão beijada
Se mais não podemos dar
Se mais não podemos ter
Decerto temos o mar
Que nos faz estremecer;
Mar que nos faz naufragar
P’ra voltarmos a viver