Do beijo, que quase a medo
Trocamos em boa hora
Só o amor compreende
Que a boca nunca se rende
Ao desejo que a devora
Não contes, nem mesmo ao vento
Que vivemos um momento
De envergonhada ternura
O vento pode soprar
E ao soprar, divulgar
Contornos dessa loucura
Esse beijo envergonhado
Que fez com que o nosso fado
Tivesse novo clarão
Será sempre uma saudade
Cheia da cumplicidade
Que tem de haver na paixão
Guarda na tua memória
O beijo que fez história
Na história que a alma sente
Prometo, meu doce bem
Nunca contar a ninguém
Que te beijei…. loucamente