Tu... que te julgas perfeito
Tens no peito / aquele jeito
Que decerto não tem cura
Aceita pois um conselho
Meu velho / vai ao espelho
Ver bem a tua figura
Tens tanta vaidade, tanta
Que a garganta / não encanta
Quem te ouve tão garboso
Podes crer que te lamento
Por dentro / não tens talento
Por fora, só és vaidoso
Quem não te conhece, pensa
Que é doença / essa presença
De grande protagonismo
Quem te conhece, porém
Sabe bem / que és alguém
De reprovável cinismo
Tentas ser o imponente
Mas há gente / que pressente
Esse modo tão estranho
Não queiras ir mais além
E pra teu bem / sê alguém
Apenas do teu tamanho