À sombra do que passou
Rodopia na lembrança
Que a saudade lhe deixou
Rodopia como louco
Fazendo rodopiar
Um amor que por ser pouco
Nunca o pôde alimentar
Rodopia sem que o medo
Lhe corte as asas que tem
E o limite ao degredo
Onde ninguém vive bem
O pensamento merece
Ter poder sobre o futuro
Sem ele, a vida parece
Um muro atrás doutro muro
Pensamento quer-se forte
Aberto às coisas da vida
Mesmo sabendo que a morte
Tem a vida garantida