Eu sou o desencontro acontecido
No tempo da procura desejada
Tu és a solução desencontrada
Num sonho que se dá como perdido
Sem ti, já pouco ou nada faz sentido
Sem ti, já nem o verso tem valor
Tu és soneto-rima dum vencido
Que não venceu a guerra do amor
Mas tens no pensamento imaculado
Melodias decretadas pelo fado
Que chora, quando chora uma cantiga
Ai meu soneto que sonhas perfeição
Tens contigo, manhãs de solidão
Na perfeição da tua voz amiga