Poemas metrificados ( na sua maioria ) para Fado.

Vida nem sempre vida

De cada vez que regresso
Ao meu ponto de partida
Sinceramente confesso
Que dou muito mais apreço
Ás coisas boas da vida

Dou mais valor ao luar
Que enfeita a minha cidade
E vejo no azul do mar
Um poema a transbordar
Nas rimas duma saudade

Vou pela cidade fora
Reviver tempo passado
E quando a minh'alma chora
Vou á procura do fado
Que se canta a toda a hora

Quando por fim me despeço
Do meu ponto de partida
Suporto o amargo preço
De sentir que não mereço
Esta vida sem ser vida