Poemas metrificados ( na sua maioria ) para Fado.

Soneto ao sol

De quando em vez, o sol, o astro-rei
Também perde a magia do fulgor
Porque razão... confesso que não sei
Mas suponho que seja por amor

O sol, não parecendo, também ama
Talvez até com mais intensidade
O sol que faz do céu a sua cama
Quando quer faz amor em liberdade

Inveja tenho eu do astro-rei
Que quando quer ditar a sua lei
Só pede permissão à natureza

Inveja tenho eu e assim sendo
Inventarei um sol que vá morrendo
P’ra depois renascer com mais beleza