Contar histórias de fado
É colorir o passado
Com matizes de glória
Cada história uma lição
P’ra que a nova geração
Dê mais valor à memória
Contam-se cenas bizarras
Onde aparecem guitarras / Como principais figuras
Que p’las mãos dum tocador
Gemiam a sua dor / Contando as suas loucuras
Um dia, um velho poeta
Com sua velha caneta / Companheira dedicada
Casou com rara mestria
O sol brilhante do dia / Com a luz da madrugada
A partir desse momento
E para contentamento / Da alma que ri ou chora
Seja dia ou seja noite
O fado tem sempre acoite / Numa alma sonhadora