Nos versos do meu espanto
A minha força transponho
Sou fadista, quando canto
Dou poeta, quando sonho
Eu canto como quem reza / Aos pés do santo mais santo
Expulso a minha tristeza / Nos versos do meu espanto
Aceito a alma de artista / Que me transforma num sonho
Quando me sinto fadista / A minha força transponho
Transponho mundos de cor / Buscando da noite, o manto
Se tenho na voz o amor / Sou fadista, quando canto
Rimando amores de ninguém / Nos versos que então componho
Sou fadista, mas também / Sou poeta, quando sonho