Poemas metrificados ( na sua maioria ) para Fado.

Poeta e fadista

Mote: Vasconcelos e Sá 
Glosa: José Fernandes Castro

Nos versos do meu espanto
A minha força transponho
Sou fadista, quando canto
Dou poeta, quando sonho


Eu canto como quem reza 
Aos pés do santo mais santo
Expulso a minha tristeza 
Nos versos do meu espanto

Aceito a alma de artista 
Que me transforma num sonho
Quando me sinto fadista 
A minha força transponho

Transponho mundos de cor
Buscando da noite, o manto
Se tenho na voz o amor 
Sou fadista, quando canto

Rimando amores de ninguém 
Nos versos que então componho
Sou fadista, mas também 
Sou poeta, quando sonho