E mais parece voz de trovoada
Não passa para lá dos meus sentidos
Nem tem a minha alma amedrontada
Um ruído ou um grito lancinante
Nunca me fez tremer ou sentir medo
Eu só tremo ao saber que no degredo
A solidão da alma é uma constante
Os gritos sem razão não valem nada;
Confesso que por serem tão patéticos
Me levam a sorrir de vez em quando
Por mais gritos que tenha a madrugada
Apenas sei ouvir gritos poéticos
Daqueles que meu fado me vai dando