Poemas metrificados ( na sua maioria ) para Fado.

O barco do tempo

Não vens no barco do tempo
Nem vens no tempo sonhado
E eu trago o pensamento
Tristonho e amargurado

Não tenho notícias tuas 
Nem sei aonde estarás
Por ti, percorri cem luas 
Em busca de cem manhãs

No teu amor sem espaço 
Não há espaço p’ra mim
E eu vou de passo em passo 
Na minha estrada sem fim

Entrei no túnel incerto 
Da tua luz colorida;
Para ver a luz mais perto 
Vou até ao fim da vida

Não me dói o sofrimento 
Nem me canso de sonhar
Talvez surja um novo vento 
Que me consiga mudar
Se assim fôr, nesse momento
Vou amar, amar, amar