Sempre que o fado acontece… nada me revolta
Sempre que a lua adormece… nada me fascina
O vento murmura uma prece… delicada e solta
E a minha paixão enternece… muito mais divina
Poeta ancorado ao fado
Irmão de voz mensageira
Encontro sempre maneira
De me prender a teu lado
Sempe a voz se levanta… nada me deprime
Sempre que a alma s’espanta… nada me detém
Sempre que solto a garganta… num canto sublime
Eu sou a verdade que canta… nos sonhos d’algém
Eu sou trovador magoado… disposto a sofrer
Eu sou o poeta ancorado… à margem perdida
Eu sou a razão dum pecado… por acontecer
Sou alma sadia dum fado… exaltando a vida