Poemas metrificados ( na sua maioria ) para Fado.

O fado da Rosa

Quando p'lo nascer do dia
A jovem Rosa Maria
Regressava de viagem
A má língua das vizinhas
Parecendo ervas daninhas
Minavam a sua imagem

Pondo em causa a sorte sua
As vizinhas lá da rua
De língua reles, maldosa
Diziam com malvadez
Que ao chegar, vinha talvez
Duma vida duvidosa

Mal sabia, essa gentinha
Que a Rosa, sempre que vinha
A essa hora tardia
Vinha, porque tinha estado
Na sua casa de fado
Onde espalhava magia

Era artista contratada
Daquela casa afamada
Tão cheia de tradições
Ganhava a vida cantando
E com talento ia dando
Alegria aos corações