Desculpa poesia, usei-te em meu favor
Para manifestar a minha grande mágoa
Por ver a hipocrisia que gira em meu redor
E que me faz ficar com olhos rasos d'água
Desculpa boa amiga, a culpa não é tua
Só porque sou assim, aberto a quase tudo
Sou eu quem me castiga ao dar-me d'alma nua
Sem respeito por mim enquanto me desnudo
Desculpa, musa doce, a dor de quem nasceu
Com o sal do pecado à flor da pele que tem
Porém, se assim não fosse, o que seria eu
Sem ficar a teu lado enquanto a morte vem?