Poemas metrificados ( na sua maioria ) para Fado.

A brancura do papel

É branco este papel onde meus versos
Se cruzam com as linhas desiguais
Talvez nos meus sentidos já dispersos
O branco simbolize os ideais

É branco, este papel onde a saudade
Produz em mim o efeito desejado
Talvez não sejam rimas de verdade
Mas são decerto, as rimas do meu fado

É branco este papel onde vou pôr
As marcas duma fraca inspiração
Talvez ninguém lhe dê grande valor
Talvez ninguém lhe sinta o coração

Brancura, para mim é o motivo
Que faz brilhar melhor o sol dos temas
Enquanto o sentimento estiver vivo
Jamais acabarão os meus poemas