Roubei um beijo à saudade
Mas nem assim consegui
Apaixonar-me por ela
Roubei um beijo à saudade
E só então percebi
Que ela vive numa estrela
Vive na estrela do tempo
Fazendo o que bem lhe apraz
Sem dar contas a ninguém
Vive na estrela do tempo
E pelo tempo é capaz
De trocar beijos d'alguém
De quando em vez, por maldade
A saudade vem à rua
Cantar e contar pecados
De quando em vez, a saudade
Fica d'alma semi-nua
E põe mais alma nos fados