Em constante conflito com um verso
Que me queima como fogo crepitante
Vagueia em mim o sentido mais disperso
Que mais parece uma espada penetrante
Penetra na minha alma a toda a hora
Ocupando o espaço que era livre
E duma forma eficaz, devoradora
Fica lá, tal como bala que se crive
Vai mordendo palavras que se agitam
Por dentro deste peito sempre aberto
Moldado para amar e p'ra sofrer
E todo este silêncio que me gritam
Será verbo dum tempo sempre certo
Tal como certo é o tempo de viver