Quase sempre à mesma hora
Vai ela, p’la noite fora
Passo certeiro e apressado
Seu rumo, seu ritual
Porque ela vai, afinal
Para os retiros do fado
Na boca, leva um sorriso
Na alma leva um poema
No peito leva paixão
E nada mais é preciso
P’ra que o fado seja o tema
Da história d’um coração
Um fado e mais outro fado
Um sentimento rasgado
Uma verdade sentida
A alma fica mais leve
Sempre que o peito se atreve
A cantar a própria vida
Quase sempre à mesma hora
Vem ela p’la noite fora
Repleta de felicidade
Em nome de Portugal
Cumpriu mais um ritual
A nossa amiga saudade