Que sei cantar bem o fado
E sou muito mal tratado
E sou muito mal tratado
P’las pessoas de má fé
Tenho a mania
Tenho a mania
Que tenho uma voz timbrada
A malta fica afinada
A malta fica afinada
E grita toda de pé
Ah fadista...
Ah fadista...
Vai cantar prá tua terra
E todos em pé de guerra
Dizem tantos disparates
Ah fadista...
E todos em pé de guerra
Dizem tantos disparates
Ah fadista...
Continuam a gritar
E para eu me calar
Até me atiram com tomates
É uma doença
E para eu me calar
Até me atiram com tomates
É uma doença
Que tenho desde chavalo
Para mim é um regalo
Fazer parte das rambóias
É uma doença
É uma doença
Que agora já não tem cura
Já andam à minha procura
Já andam à minha procura
P’ra me levar p’ra Custóias
Vivo pró fado
Vivo pró fado
Tenho esta ideia chalada
Com minha voz encharcada
Continuo esta labuta
Vivo pró fado
Com minha voz encharcada
Continuo esta labuta
Vivo pró fado
Quero morrer a cantar
Ouvindo a malta gritar:
Vai –te embora, ó filho da luta
Ah fadista...
Ouvindo a malta gritar:
Vai –te embora, ó filho da luta
Ah fadista...
Vai cantar p’ra tua terra
E todos em pé de guerra
Fazem enorme algazarra
Ah fadista...
E todos em pé de guerra
Fazem enorme algazarra
Ah fadista...
Continuam a gritar
E para eu me calar
Até me gamam a guitarra
E para eu me calar
Até me gamam a guitarra