E por ser tão altruísta
Peço à vida que resista
Peço à vida que resista
Para que a morte me tarde;
Sabendo que ainda arde
Em mim, uma chama acesa
Desejo ter a certeza
Desejo ter a certeza
De que a morte, sem alarde;
Virá... porém, com franqueza
Para morrer sou cobarde
Morrerei sim, porque sou
Virá... porém, com franqueza
Para morrer sou cobarde
Morrerei sim, porque sou
Mortal como um ser qualquer
Que sem ver como chegou
Que sem ver como chegou
Tudo faz para viver;
A vida tem o poder
A vida tem o poder
De destinar o destino
Que o sonho mais genuíno
Que o sonho mais genuíno
Me vai apontando à vista;
Por ser fraco e pequenino
E por ser tão altruísta
Um dia não vale nada
Por ser fraco e pequenino
E por ser tão altruísta
Um dia não vale nada
Se não tiver a magia
Da noite em que a fantasia
Da noite em que a fantasia
Nos parece enfeitiçada;
É então, que a madrugada
É então, que a madrugada
Nos ganha pela conquista
E quando ao longe se avista
E quando ao longe se avista
Uma luz amordaçada;
P'ra mudar a sorte errada
Peço à vida que resista
A vida, por gentileza
P'ra mudar a sorte errada
Peço à vida que resista
A vida, por gentileza
Mantém sua mão segura
Rejeitando a noite escura
Rejeitando a noite escura
Que é dada p'la natureza;
Sentindo que a alma reza
Sentindo que a alma reza
Aos deuses em que acredita
Há uma força bendita
Há uma força bendita
Que me queima mas não arde;
E pede, implora e grita
Para que a morte me tarde
E pede, implora e grita
Para que a morte me tarde