O sol vai descrevendo a curva descendente
E sem se despedir vai tendo o seu final
Nós vamos revivendo ao compasso da mente
Tentando construir o espaço real
Os sonhos outonais revestem-se de medo
E lá vamos sentindo o soluçar do vento
P’ra lá dos temporais o tempo é um segredo
Que nos vai permitindo ouvir o pensamento
Do tempo do amor resta-nos a saudade
O compasso da vida aumenta a solidão
Seja que tempo fôr teremos a verdade
Da hora prometida p’lo nosso coração