Confesso, senhor juiz
Que propositadamente
Em nome da felicidade
Para tentar ser feliz
E amar tranquilamente
Matei a minha saudade
Matei-a com beijos loucos
Com carícias e abraços
Com poemas e meiguice
Assim, aos poucos e poucos
Sufoquei-a nos meus braços
Até que ela partisse
Quando me pensei liberto
Dessa dor intemporal
Que ocupava o meu espaço
Senti a saudade perto
Porque a saudade, afinal
Vive em tudo o quanto faço