Poemas metrificados ( na sua maioria ) para Fado.

Soneto do amor estranho

Não sei que amor é este que me queima
Qual fogo a crepitar numa fogueira
Não sei que amor é este qu’inda teima
Em fazer-me sonhar a vida inteira

Não sei que amor é este que me dói
Qual vidro que se ferra em carne pura
Não sei que amor é este que destrói
Castelos onde a vida é só ternura

Não sei que amor é este que provoca
Em mim, a mais estranha comoção
Pelo pavor dum sonho inacabado

E que deixa a bailar na minha boca
Poemas que dão voz ao coração
Embora o coração sofra calado