Poemas metrificados ( na sua maioria ) para Fado.

Batidas de outrora

O meu peito já não tem
As batidas que tivera
O inverno que lá vem
Vai matando a primavera


Risos d’esperança florida
Passos de mal e de bem
Tudo o que tive na vida
O meu peito já não tem

Já não sou porto seguro
Nem tenho sonhos à espera
Já não tenho em meu futuro
As batidas que tivera

Vão acabando as promessas
Vai aumentando o desdém
Vejo por linhas travessas
O inverno que lá vem

O tempo vai-se perdendo
Já nada de bom m’espera
E a noite arrefecendo
Vai matando a primavera