Poemas metrificados ( na sua maioria ) para Fado.

Vida cinzenta sem luz

Saudade, fica sabendo
Que sou forte e não me rendo
Ao mal que me queres fazer
De forma pouco vulgar
Lá tentas silenciar
O fado que ando a viver

Mas o meu fado percebe
Que mesmo que seja leve
O peso da minha cruz
Se a vida fica cinzenta
A dor é mais violenta
E tem sempre menos luz

Saudade, a noite é o alento
Que me conforta por dentro
Na hora em que me visitas
De quando em vez, és bondosa
E de forma carinhosa
Dizes-me coisas bonitas

Quando a madrugada chega
Min'alma toda se entrega
Sem qualquer hesitação
Quando a noite vai embora
Não é a alma que chora
Quem chora é o coração