Nos palcos da solidão
Há virtudes que se medem
Há virtudes que se medem
Pelo peso da razão
Há razões que se castigam
Há razões que se castigam
Por coisas de pouca monta
Há corpos que se fustigam
Há corpos que se fustigam
Porque o sonho já não conta
Há bocas que muito falam
Há bocas que muito falam
Mas que dizem pouco ou nada
Há palavras que resvalam
Há palavras que resvalam
Em muita boca calada
Há sombras que se misturam
Há sombras que se misturam
Em rituais de pecado
Há poemas que procuram
Há poemas que procuram
Um aconchego no fado