Já chegou, e fiquei triste
Porque Natal, afinal
Nem para todos existe
Deixei o amor entrar
Pela porta principal
Senti o corpo vibrar
Senti o corpo vibrar
Co’a presença do Natal
Passei a mente p’la vida
Passei a mente p’la vida
Esse destino real
E lembrei, d’alma ferida
E lembrei, d’alma ferida
Que há quem não tenha Natal
Lamentei a dor dos pobres
Lamentei a dor dos pobres
Que não têm consoada
Enquanto à mesa dos nobres
Enquanto à mesa dos nobres
A fartura é desprezada
Lembrei o terceiro mundo
Lembrei o terceiro mundo
Holocausto tão fatal
Que de segundo em segundo
Que de segundo em segundo
Esquece quando há Natal
Lembrei aqueles que estão
Lembrei aqueles que estão
Na cama dum hospital
Lembrei quantos na prisão
Lembrei quantos na prisão
Não sabem que é Natal
Lembrei-me do emigrante
Lembrei-me do emigrante
Humilde trabalhador
Que da família distante
Que da família distante
Mistura riso com dor
E assim vamos vivendo
E assim vamos vivendo
No mundo das fantasias
Se o amor for crescendo
Se o amor for crescendo
É Natal todos os dias