O
fado é além de tudo
Um
grito de voz presente
Com
amarras no passado
Fado
de hoje, é outro fado
Pulsando
dentro da gente
Cresceu
aos olhos do mundo
Bailando
ao som tão profundo
Das
guitarras do seu tempo
Soltou-se
por toda a parte
E
pelos braços da arte
Transformou-se
em monumento
Não
sendo já, voz calada
Despontou
nova alvorada
Nos
silêncios da revolta
Qual
trovador marinheiro
Viaja
p’lo mundo inteiro
Sem
algemas, sem escolta
Quando
quer falar ao povo
Faz-se
velho, sempre novo
Faz-se
novo com idade
A seu
lado, a poesia
Mantém
a mesma magia
Das
rimas sem liberdade