Poemas metrificados ( na sua maioria ) para Fado.

Rosto de purpurina

Quase sempre o mesmo olhar
De traços misteriosos
Num rosto de purpurina
Quase sempre o mesmo andar
De passos meticulosos
E cadência genuína

Quase sempre o mesmo gesto
Acenando a salvação

Ao amigo rotineiro
E no seu porte modesto
O imponente clarão

Luar aventureiro

Fecham-se as portas da noite
Para que o povo diurno

Não lhe conheça a verdade
Por mau que seja o acoite
Há sempre um amor nocturno

Que é fruto duma verdade