O barco que atravessa o Mar da Palha
À hora em que a manhã anda perdida
Transporta meio povo que trabalha
P'ra dar dignidade à própria vida
Chegado à outra margem, faz paragem
Abrindo terra firme aos navegantes
Concluíndo assim uma viagem
Igual a tantas que fizera antes
Regressa menos cheio ao outro lado
P'ra poder repousar até mais tarde
Guardando em si o lume costumado
Do fogo que ora arde, ora não arde