Poemas metrificados ( na sua maioria ) para Fado.

Manhãs sempre iguais

Logo que a manhã me beija
Como faz todos os dias
Sinto que alma fraqueja
Por ter as horas vazias

Vazias sim... porque tu
Vives longe... muito longe
Enquanto eu, feito monge
Trago fraquezas a nu

Ai solidão casta e gasta
Que dormes naquele leito
Onde a vontade mais casta
Se gasta dentro do peito

Enquanto se vão gastando
As vontades naturais
As noites vão preparando
Manhãs iguais, sempre iguais