Verão, lamento imenso, mas cheguei
Vim ocupar o lugar que me pertence
Sou o Outono e sou agora o rei
Do tempo que com tempo tudo vence
Ocuparei o trono onde estiveste
Alguns meses, de dias violentos
Agora, amigo Verão, entristeceste
E déste o teu lugar a outros ventos
Ficarei a tomar conta deste inferno
A que chamam terra santa, abençoada
E da qual a humanidade muito espera
Partirei quando vier o velho Inverno
Que ao chegar trará o frio e a geada
Até que chegue a florida Primavera