Na minha alma, mora um sonho magoado
Simbolizando bem melhor a minha dor
E no meu peito, mora um resto de pecado
Que se salvou do tal dilúvio do amor
Na liberdade de te ver secretamente
A vaguear no meu desejo adormecido
Vou suportando tristemente e cruelmente
O desencanto dum amor apetecido
Se te não vejo, sou a marca da tristeza
Se te não sonho, sou tristeza acorrentada
Se te desejo, sou ternura, sou pureza
E então componho poesia magoada
Para te ver na minha noite sonhadora
Serei capaz de adormecer na solidão
O meu amor, tem a coragem vencedora
Embora o vento não me corra de feição