Soneto
do amor estranho e forte
Que se dá a quem não lhe pertence
Estranho, porque sente o vento norte
E forte porque o vento não o vence
Estranho, porque sente o vento norte
E forte porque o vento não o vence
Soneto
do martírio intemporal
Que toca qualquer alma sofredora
Soneto do direito natural
Tão natural como o romper d'aurora
Que toca qualquer alma sofredora
Soneto do direito natural
Tão natural como o romper d'aurora
Soneto
que parece não ter cor
E que respira apenas por amor
O mesmo ar fatal que tu respiras
E que respira apenas por amor
O mesmo ar fatal que tu respiras
Soneto
que te dou sem que mereças
Porque te dou quase tudo sem que peças
E aquilo que năo dou, és tu que tiras.
Porque te dou quase tudo sem que peças
E aquilo que năo dou, és tu que tiras.