Quando a rotina adormece
Embalada no cansaço
Que o dia a dia provoca
Um fado em jeito de prece
Envolve-me num abraço
E de mim faz coisa pouca
Deixo-me guiar p’la chama
Que mora na minha voz
Em qualquer ocasião
E sem proveito nem fama
O sonho corre veloz
P’las ruas da emoção
Entretando, o dia acorda
E com ele surge a vida
Num ritual repetido
O mundo c’oa pressa toda
Volta à furia desmedida
Do fado que é permitido