Passos calmos, passos certos
Braços firmes e abertos
Rosto sorrindo ao futuro
Vida entregue à lei da vida
Verdade escrita e sentida
Amassando o pão que é duro
Sofreu as horas penadas
Rompeu pelas madrugadas
Calou fundo o país novo
Abriu as portas fechadas
Cantou as vozes caladas
Viveu p’ra se dar ao povo
Foi aquilo que quis ser
Na sua força de ter
Uma rosa em cada mão
Limitou a sua vida
Por uma causa sofrida
Em defesa da razão
O silêncio foi a lei
Que calou a voz do rei
Dos sentidos sempre alerta
Ficou a sua coragem
Ao partir nessa viagem
Triste e sem morada certa
E as suas mãos de dar
Acabaram por ficar
Cerradas, frias e sós
O seu nome vai ficar
Gravado, a representar