Não há bairro igual ao nosso
Não há rua igual à nossa
Ao bairro vou quando posso
Mesmo que às vezes não possa
O meu bairro é a memória
Que guardo secretamente
É chama aquecendo a história
Na história de muita gente
Seja velho, ou seja novo
Meu bairro é o doce manto
Do berço aonde o meu povo
Escreve versos que canto
Não há bairro igual ao meu
Não há rua igual à minha
Fico mais perto do céu
Quando o amor é andorinha
ALMA DA MINHA POESIA
POESIA (quase na totalidade) METRIFICADA PARA FADO
Amor de todos os sonhos
Meu amor de toda a vida
Que deténs todas as horas
Vives, respiras e moras
Nesta paixão renascida
É por ti que a vida corre
Por vezes descompassada
Fazendo da madrugada
O leito onde o sonho morre
É por ti que o amor se cala
Quando escuta a voz que sou
É por ti que o peito embala
Este fado a que me dou
E quando não forem puros
Os aromas do meu fado
Perfumarei de passado
Todos os sonhos futuros
Que deténs todas as horas
Vives, respiras e moras
Nesta paixão renascida
É por ti que a vida corre
Por vezes descompassada
Fazendo da madrugada
O leito onde o sonho morre
É por ti que o amor se cala
Quando escuta a voz que sou
É por ti que o peito embala
Este fado a que me dou
E quando não forem puros
Os aromas do meu fado
Perfumarei de passado
Todos os sonhos futuros
Trovão perdido
No ponto mais distante
Do universo imenso
Um grito lancinante
Tornou-se mais intenso;
Como trovão perdido
No abismo suspenso
Em busca do sentido
Sem leis contra-senso
Trovão em convulsão
Mas mesmo assim, profundo
Trovão que faz soar
Alarmes e razões;
A força dum trovão
Faz estragos no mundo
E o mundo, se calhar
Não gosta de trovões
Trovões são tempestades
Assolando o amor
Trovões são liberdades
Da própria natureza;
Trovões são as saudades
Dum romance maior
Trovões são realidades
De chama bem acesa
Do universo imenso
Um grito lancinante
Tornou-se mais intenso;
Como trovão perdido
No abismo suspenso
Em busca do sentido
Sem leis contra-senso
Trovão em convulsão
Mas mesmo assim, profundo
Trovão que faz soar
Alarmes e razões;
A força dum trovão
Faz estragos no mundo
E o mundo, se calhar
Não gosta de trovões
Trovões são tempestades
Assolando o amor
Trovões são liberdades
Da própria natureza;
Trovões são as saudades
Dum romance maior
Trovões são realidades
De chama bem acesa
Preciso imenso de ti
Para poder dar mais valor à poesia
Que tem a rima deste meu amor sem preço
Preciso imenso da suave melodia
Que tens na voz encantadora que conheço
Também preciso que me dês nuvens de cor
Para poder abrilhantar a minha noite
Preciso até que sejas tu o meu acoite
Sempre que a vida me trouxer horas de dor
Vem meu amor
Vem dar-me o calor
Do luar abrasador
Que dá luz à minha rua
Vem meu amor
Vem dar-me num beijo
A cor do desejo
Porque o sonho continua
Para que a vida tenha o seu maior sentido
Para que o sonho tenha o seu final perfeito
Preciso ver o teu olhar enternecido
A espreitar pela janela do meu peito
Que tem a rima deste meu amor sem preço
Preciso imenso da suave melodia
Que tens na voz encantadora que conheço
Também preciso que me dês nuvens de cor
Para poder abrilhantar a minha noite
Preciso até que sejas tu o meu acoite
Sempre que a vida me trouxer horas de dor
Vem meu amor
Vem dar-me o calor
Do luar abrasador
Que dá luz à minha rua
Vem meu amor
Vem dar-me num beijo
A cor do desejo
Porque o sonho continua
Para que a vida tenha o seu maior sentido
Para que o sonho tenha o seu final perfeito
Preciso ver o teu olhar enternecido
A espreitar pela janela do meu peito
Rimas sem nexo
Grupo de cães é matilha
Grupo de porcos é vara
Arquipélago é ilha
Virgindade é coisa rara
Grupo de abelhas, colmeia
Grupo de peixes, cardume
Os lobos são alcateia
E dor de corno é ciúme
Uva graúda ou miúda
Bem junta num só cachinho
A água também ajuda
Com ela se faz o vinho
Da preciosa oliveira
Sai a bela da azeitona
Mas há sempre uma maneira
Do dono trair a dona
A guitarra e a viola
Fazem sempre uma parelha
Um velho que perde a tola
Guarda a nova e deixa a velha
Vais a Roma... vês o Papa
Em Turim viste o Ronaldo
Que sempre que ao fisco escapa
Consegue entornar o caldo
Viste Messi em Barcelona
Em Paris viste o Neymar
No Algarve a Matrafona
Que sempre dá que falar
Na China verás chineses
Povo culto e educado
E no fado, muitas vezes
Vês quem não respeita o fado
Em Lisboa tens bitoque
No Porto tem francesinhas
No teatro tens hadoque
No fado tens Mariquinhas
No Louvre, museu que adoro
Vês Da Vinci, vês Picasso
E na rua aonde moro
Vês as figuras que faço
Eu tenho a minha demência
Por vezes muito alterada
Que bendita paciência
Tem… quem lê tanta charada
ANTES RIMAS SEM TER NEXO
DO QUE PRIMAS SEM TER SEXO
Grupo de porcos é vara
Arquipélago é ilha
Virgindade é coisa rara
Grupo de abelhas, colmeia
Grupo de peixes, cardume
Os lobos são alcateia
E dor de corno é ciúme
Uva graúda ou miúda
Bem junta num só cachinho
A água também ajuda
Com ela se faz o vinho
Da preciosa oliveira
Sai a bela da azeitona
Mas há sempre uma maneira
Do dono trair a dona
A guitarra e a viola
Fazem sempre uma parelha
Um velho que perde a tola
Guarda a nova e deixa a velha
Vais a Roma... vês o Papa
Em Turim viste o Ronaldo
Que sempre que ao fisco escapa
Consegue entornar o caldo
Viste Messi em Barcelona
Em Paris viste o Neymar
No Algarve a Matrafona
Que sempre dá que falar
Na China verás chineses
Povo culto e educado
E no fado, muitas vezes
Vês quem não respeita o fado
Em Lisboa tens bitoque
No Porto tem francesinhas
No teatro tens hadoque
No fado tens Mariquinhas
No Louvre, museu que adoro
Vês Da Vinci, vês Picasso
E na rua aonde moro
Vês as figuras que faço
Eu tenho a minha demência
Por vezes muito alterada
Que bendita paciência
Tem… quem lê tanta charada
ANTES RIMAS SEM TER NEXO
DO QUE PRIMAS SEM TER SEXO
Andorinha bairrista
Não há bairro igual ao nosso
Não há rua igual à nossa
Ao bairro vou quando posso
Mesmo que às vezes não possa
O meu bairro é a memória
Que guardo secretamente
É chama aquecendo a história
Na história de muita gente
Seja velho ou seja novo
Meu bairro é o doce manto
Do berço aonde o meu povo
Escreve versos que canto
Não há bairro igual ao meu
Não há rua igual à minha
Fico mais perto do céu
Quando o amor é andorinha
Não há rua igual à nossa
Ao bairro vou quando posso
Mesmo que às vezes não possa
O meu bairro é a memória
Que guardo secretamente
É chama aquecendo a história
Na história de muita gente
Seja velho ou seja novo
Meu bairro é o doce manto
Do berço aonde o meu povo
Escreve versos que canto
Não há bairro igual ao meu
Não há rua igual à minha
Fico mais perto do céu
Quando o amor é andorinha
Fado é…
Quando dei por mim a tentar encontrar uma forma de colorir os anseios da alma, eis que a musa da poesia veio prontamente em meu auxílio (sem que nada o fizesse prever) fez de mim um pequeno poeta em talento, mas um grande trovador em dedicação.
A esta autêntica dádiva com que a natureza gentilmente me contemplou juntou-se o FADO, essa música mágica que ao longo dos tempos se confunde com o simples ato de respirar sonhos, sonhar amores e casar palavras.
Fado é viver poesia / Num desfilar d’ilusões
Fado é viver dia a dia / Em constantes mutações;
Fado é conhecer paixões / Ou de boa, ou de má sorte
Fado é descobrir razões / Na injustiça da morte
Fado é encontrar o Norte / Para ter o amor em alta
Fado é saber ser forte / Mesmo quando a força falta;
Fado é luz, fado é ribalta / Fado é cor bem conseguida
Fado é hino que se exalta / Quando quer brindar à vida
Fado é pranto em despedida / Riso feliz no regresso
Fado é saber que a partida / Nem sempre tem duro preço;
Fado é feliz recomeço / Duma que é tão causa nobre
Fado é arte cujo preço / Está ao alcance do pobre
Fado é manto que nos cobre / Com o calor que se quer
Fado é bom que sempre sobre / Pois se falta, faz doer;
Fado é amor, é prazer / Fado é luz na escuridão
Fado é força de viver / Fado é alma, é coração
E por todas estas e mais razões (que são certamente comuns a quem conhece minimamente os mistérios da alma) que sou grato ao FADO por permitir que os meus modestos versos bailem ao compasso das suas melodias harmonicamente geniais.
Porto de céu aberto
O teu nome é masculino
Mas tens perfume de rosa
Meu Porto, meu cais menino
Minha cascata formosa
Embora sejas modesto
Tens a nobreza real
Dum povo humilde e honesto
Dedicado e mui leal
O teu céu é céu aberto
Onde o sonho tem mais cor
Onde o longe se faz perto
E o fado tem mais sabor
No sentimento profundo
Que nos dá melhor conforto
Todos os sonhos do mundo
Moram em ti, velho Porto
Mas tens perfume de rosa
Meu Porto, meu cais menino
Minha cascata formosa
Embora sejas modesto
Tens a nobreza real
Dum povo humilde e honesto
Dedicado e mui leal
O teu céu é céu aberto
Onde o sonho tem mais cor
Onde o longe se faz perto
E o fado tem mais sabor
No sentimento profundo
Que nos dá melhor conforto
Todos os sonhos do mundo
Moram em ti, velho Porto
O Fado é...
Fado é respirar poesia
Fado é conhecer paixões
Fado é aceitar má sorte
Fado é descobrir razões
Na injustiça da morte
Fado é encontrar o norte
Fado é ter o amor em alta
Fado é saber ser forte
Mesmo quando a força falta
Fado é luz, fado é ribalta
Fado é cor bem conseguida
Fado é hino que se exalta
Quando quer brindar à vida
Fado é pranto em despedida
Fado é o riso em regresso
Fado é saber que a partida
Nem sempre tem melhor preço
Fado é feliz recomeço
Fado é também causa nobre
Fado é arte cujo preço
Está ao alcance do pobre
Fado é manto que nos cobre
Fado é calor que se quer
Fado é bom que sempre sobre
Pois se falta, faz doer
Fado é amor, é prazer
Fado é luz na escuridão
Fado é força de viver
Fado é alma, é coração
Fado é sonhar ilusões
Fado é viver dia a dia
Em constantes mutações
Fado é viver dia a dia
Em constantes mutações
Fado é conhecer paixões
Fado é aceitar má sorte
Fado é descobrir razões
Na injustiça da morte
Fado é encontrar o norte
Fado é ter o amor em alta
Fado é saber ser forte
Mesmo quando a força falta
Fado é luz, fado é ribalta
Fado é cor bem conseguida
Fado é hino que se exalta
Quando quer brindar à vida
Fado é pranto em despedida
Fado é o riso em regresso
Fado é saber que a partida
Nem sempre tem melhor preço
Fado é feliz recomeço
Fado é também causa nobre
Fado é arte cujo preço
Está ao alcance do pobre
Fado é manto que nos cobre
Fado é calor que se quer
Fado é bom que sempre sobre
Pois se falta, faz doer
Fado é amor, é prazer
Fado é luz na escuridão
Fado é força de viver
Fado é alma, é coração
A chave do amor
Não quero amar-te demais
Nem quero morrer por ti
Só quero ir onde vais
P’ra ver que não te perdi
Não quero que tua voz
Seja o meu único fado
Quero apenas para nós
Um amor recompensado
Não quero... que me dês o que não tens
Mas quero... que me digas quando vens
Quero sentir o perfume
Do teu corpo encantador
Quero aquecer-me no lume
Do fogo do teu amor
Quero que tenhas contigo
A chave do sentimento
P’ra não correr o perigo
De ficar no esquecimento
Depois... ao compasso da paixão
Nós dois... seremos mais perfeição
Teremos p’ra nos guiar
A estrela do futuro
E vamos saborear
Um amor eterno e puro
Oh meu amor adorado
Nem quero morrer por ti
Só quero ir onde vais
P’ra ver que não te perdi
Não quero que tua voz
Seja o meu único fado
Quero apenas para nós
Um amor recompensado
Não quero... que me dês o que não tens
Mas quero... que me digas quando vens
Quero sentir o perfume
Do teu corpo encantador
Quero aquecer-me no lume
Do fogo do teu amor
Quero que tenhas contigo
A chave do sentimento
P’ra não correr o perigo
De ficar no esquecimento
Depois... ao compasso da paixão
Nós dois... seremos mais perfeição
Teremos p’ra nos guiar
A estrela do futuro
E vamos saborear
Um amor eterno e puro
Oh meu amor adorado
É para ti este fado
Meu amigo destino
Destino, por favor, muda de rumo
E cruza o meu caminho com o dela
Dependo só de ti e então presumo
Que tu me ajudarás a convencê-la
Preciso que lhe digas que eu existo
Preciso que lhe lembres que a quero
Tu tens de lhe dizer, que não resisto
Ao fogo deste amor puro e sincero
Destino, vai à rua onde ela mora
E põe lá o meu sol de fantasia
À tarde, quando o sol se for embora
Eu quero que ela sinta nostalgia
Eu quero que ela tenha em seu redor
A marca do melhor que a vida tem
Eu quero conquistar o seu amor
E torná-la feliz como ninguém
E cruza o meu caminho com o dela
Dependo só de ti e então presumo
Que tu me ajudarás a convencê-la
Preciso que lhe digas que eu existo
Preciso que lhe lembres que a quero
Tu tens de lhe dizer, que não resisto
Ao fogo deste amor puro e sincero
Destino, vai à rua onde ela mora
E põe lá o meu sol de fantasia
À tarde, quando o sol se for embora
Eu quero que ela sinta nostalgia
Eu quero que ela tenha em seu redor
A marca do melhor que a vida tem
Eu quero conquistar o seu amor
E torná-la feliz como ninguém
Caminhos dum triste fado
Numa viela, uma mulher semi-perdida
E a crueldade a espreitar pelo postigo
Numa janela aberta ao sonho duma vida
Uma verdade que não passa dum castigo
Um fado triste repetido tanta vez
Com melodias que são lágrimas fatais
Quadro que existe neste canto português
Almas sombrias com histórias bem reais
Sonhos perdidos na penumbra da cidade
Aonde há cantos que ninguém quer visitar
Fados sofridos com as rimas da saudade
Secretos mantos a esconder tanto penar
Assim se morre e assim se vive sem querer
Nesta rotina que não tem ponto final
O tempo corre sem nos dar a perceber
A triste sina de quem nasce desigual
E a crueldade a espreitar pelo postigo
Numa janela aberta ao sonho duma vida
Uma verdade que não passa dum castigo
Um fado triste repetido tanta vez
Com melodias que são lágrimas fatais
Quadro que existe neste canto português
Almas sombrias com histórias bem reais
Sonhos perdidos na penumbra da cidade
Aonde há cantos que ninguém quer visitar
Fados sofridos com as rimas da saudade
Secretos mantos a esconder tanto penar
Assim se morre e assim se vive sem querer
Nesta rotina que não tem ponto final
O tempo corre sem nos dar a perceber
A triste sina de quem nasce desigual
Os temperos do amor
Depois dum beijo mordaz
Outros beijos surgirãoPara matar mil desejos
Os beijos são talismãs
Adornando uma paixão
Que foi gerada p’los beijos
Depois dum beijo com lume
Tudo tem nova magia
Tudo tem outro sabor
Do beijo vem o perfume
Que dá outra fantasia
Aos temperos do amor
Depois dum beijo, outro beijo
E assim se vão bebendo
Os sumos da tempestade
Bocas matando o desejo
E o desejo fervendo
No fogo da felicidade
Mesmo que não te demores
Mesmo que não te demores
Por favor, volta depressa
Mesmo que por mim não chores
Não me tires da cabeça
Por favor, volta depressa
Ao ninho do nosso amor
Pode ser que me apeteça
Oferecer-te uma flor
Mesmo que por mim não chores
Deixa-me sonhar-te aqui
E de vergonha, não cores
Quando eu chorar por ti
Não me tires da cabeça
Mesmo que tenhas razão
Eu não quero que amanheça
No teu nobre coração
Por favor, volta depressa
Mesmo que por mim não chores
Não me tires da cabeça
Por favor, volta depressa
Ao ninho do nosso amor
Pode ser que me apeteça
Oferecer-te uma flor
Mesmo que por mim não chores
Deixa-me sonhar-te aqui
E de vergonha, não cores
Quando eu chorar por ti
Não me tires da cabeça
Mesmo que tenhas razão
Eu não quero que amanheça
No teu nobre coração
Guitarra amada
Quem a vê, não acredita
No mal que a vida lhe fez
Aquela obra bonita
Marcada pela desdita
Tem um cunho português
No fulgor da mocidade
Tudo lhe corria bem
Mas com naturalidade
Um dia, veio a saudade
E deu-lhe a marca que tem
Foi perdendo lentamente
O fulgor da sua voz
Agora, pausadamente
Já não trina docemente
O fado de todos nós
Quem a vê assim calada
Não lhe confere valor
Ai minha guitarra amada
Tua voz está gravada
No livro dum grande amor
No mal que a vida lhe fez
Aquela obra bonita
Marcada pela desdita
Tem um cunho português
No fulgor da mocidade
Tudo lhe corria bem
Mas com naturalidade
Um dia, veio a saudade
E deu-lhe a marca que tem
Foi perdendo lentamente
O fulgor da sua voz
Agora, pausadamente
Já não trina docemente
O fado de todos nós
Quem a vê assim calada
Não lhe confere valor
Ai minha guitarra amada
Tua voz está gravada
No livro dum grande amor
As palavras do poeta
Poeta que tens o mundo
Mesmo na palma da mão
E que lhe dás rotação
Com sentimento profundo
Sabes melhor que ninguém
A cor dum poema triste
Até sabes porque existe
A contradição do bem
Também conheces o rumo
Das palavras sem sentido
Quando o teu ego ferido
É fogo que não tem fumo
Poeta que me vais dando
A noção da hora certa
Só a tua voz desperta
Paixões com que vou sonhando
Mesmo na palma da mão
E que lhe dás rotação
Com sentimento profundo
Sabes melhor que ninguém
A cor dum poema triste
Até sabes porque existe
A contradição do bem
Também conheces o rumo
Das palavras sem sentido
Quando o teu ego ferido
É fogo que não tem fumo
Poeta que me vais dando
A noção da hora certa
Só a tua voz desperta
Paixões com que vou sonhando
As cores do amor
O verde da natureza
Não tem a cor da paixão
Sendo de intensa beleza
Falta-lhe o sol da pureza
Que tens no teu coração
Não tem a cor da paixão
Sendo de intensa beleza
Falta-lhe o sol da pureza
Que tens no teu coração
O azul do mar que vejo
Tem a cor do meu agrado
Nele encontro de sobejo
As ninfas do meu desejo
Sempre que estou a teu lado
O castanho aveludado
Do teu olhar natural
É poema abençoado
Feito na alma dum fado
Singelo e intemporal
És poema multicor
Colorindo qualquer sonho
Arco-íris do amor
Cobrindo com esplendor
Os poemas que componho
Tem a cor do meu agrado
Nele encontro de sobejo
As ninfas do meu desejo
Sempre que estou a teu lado
O castanho aveludado
Do teu olhar natural
É poema abençoado
Feito na alma dum fado
Singelo e intemporal
És poema multicor
Colorindo qualquer sonho
Arco-íris do amor
Cobrindo com esplendor
Os poemas que componho
Saudosa Maria
Já quase não há Marias
E os Manéis já são escassos:
E já poucos são os dias
Em que de casa fugias
Para cair nos meus braços
Vinhas sempre sorridente
Com beijos de timidez
E muito naturalmente
Eras a parte envolvente
Dum amor que a vida fez
Foste a Maria formosa
Por quem suspirei bastante
Mas em hora desditosa
Uma paixão caprichosa
Levou-te para distante
Assim fiquei prisioneiro
Duma saudade bravia
Vivendo no cativeiro
Desse meu amor primeiro
Minha saudosa Maria
E os Manéis já são escassos:
E já poucos são os dias
Em que de casa fugias
Para cair nos meus braços
Vinhas sempre sorridente
Com beijos de timidez
E muito naturalmente
Eras a parte envolvente
Dum amor que a vida fez
Foste a Maria formosa
Por quem suspirei bastante
Mas em hora desditosa
Uma paixão caprichosa
Levou-te para distante
Assim fiquei prisioneiro
Duma saudade bravia
Vivendo no cativeiro
Desse meu amor primeiro
Minha saudosa Maria
Abrir mão
Abro mão de quase tudo
Que por amor construí
Mas não abro mão de ti
Meu sonho secreto e mudo
Abro mão da luz da lua
Que tanto luar me deu
Fazendo com que o teu céu
Fosse o céu da minha rua
Abro mão da melodia
Com que vesti o meu canto
Abro mão até, do espanto
Com que leio poesia
A vida que não escolhi
Nada deu de mão beijada
E não abro mão de ti
Porque sem ti não sou nada
Que por amor construí
Mas não abro mão de ti
Meu sonho secreto e mudo
Abro mão da luz da lua
Que tanto luar me deu
Fazendo com que o teu céu
Fosse o céu da minha rua
Abro mão da melodia
Com que vesti o meu canto
Abro mão até, do espanto
Com que leio poesia
A vida que não escolhi
Nada deu de mão beijada
E não abro mão de ti
Porque sem ti não sou nada
Cidade jovem
Enquanto eu envelheço na cidade
Onde nasci, cresci e me fiz homem
A cidade mantém a mesma idade
Parece até que as dores não a consomem
Cada vez mais esbelta, mais airosa
Mais senhora de si, mais companheira
Esta cidade-mulher, poema-prosa
Mantém a sua alma de tripeira
Enquanto eu envelheço lentamente
A cidade que eu amo é sempre nova
Cidade que será eternamente
O mote mais sublime duma trova
Trova que cantarei enquanto possa
Trova que quero ver engrandecida
Esta cidade é tão minha, quanto vossa
Esta cidade é sol dentro da vida
Onde nasci, cresci e me fiz homem
A cidade mantém a mesma idade
Parece até que as dores não a consomem
Cada vez mais esbelta, mais airosa
Mais senhora de si, mais companheira
Esta cidade-mulher, poema-prosa
Mantém a sua alma de tripeira
Enquanto eu envelheço lentamente
A cidade que eu amo é sempre nova
Cidade que será eternamente
O mote mais sublime duma trova
Trova que cantarei enquanto possa
Trova que quero ver engrandecida
Esta cidade é tão minha, quanto vossa
Esta cidade é sol dentro da vida
Tudo o que dizes
Dizes ter o que não tens
Dizes ser o que não és
Dizes vir donde não vens
Dizes ver o que não vês
Dizes saber... mas não sabes
Dizes valer... vales pouco
Dizer caber... mas não cabes
Dizes não ser... mas és louco
Dizes que vais... mas não vais
Dizes partir... mas recuas
Dizes-te firme... mas cais
Dizes vielas... são ruas
Dizes branco quando é sol
Dizes preto não ser cor
Dizes lesma... é caracol
Dizes paixão... é amor
Dizes corpo, dizes voz
Dizes verso, dizes prosa
Dizes que o mar não tem foz
Dizes espinho sem rosa
Dizes aldeia... é cidade
Dizes jardim... mas é prado
Dizes sonho em liberdade
Dizes grito, dizes brado
Dizes noite, quando é dia
Dizes tarde quando é noite
Dizes medo... é cobardia
Dizes abrigo... é acoite
Dizes ser o que não és
Dizes vir donde não vens
Dizes ver o que não vês
Dizes saber... mas não sabes
Dizes valer... vales pouco
Dizer caber... mas não cabes
Dizes não ser... mas és louco
Dizes que vais... mas não vais
Dizes partir... mas recuas
Dizes-te firme... mas cais
Dizes vielas... são ruas
Dizes branco quando é sol
Dizes preto não ser cor
Dizes lesma... é caracol
Dizes paixão... é amor
Dizes corpo, dizes voz
Dizes verso, dizes prosa
Dizes que o mar não tem foz
Dizes espinho sem rosa
Dizes aldeia... é cidade
Dizes jardim... mas é prado
Dizes sonho em liberdade
Dizes grito, dizes brado
Dizes noite, quando é dia
Dizes tarde quando é noite
Dizes medo... é cobardia
Dizes abrigo... é acoite
Vem
Vem ao jardim
Porém não tragas perfume
Porque a rosa tem ciúme
Do cheiro forte que tens
Vem ao jardim
Aparece de surpresa
Porque a dona natureza
Fica feliz quando vens
Vem docemente
Ver folhas entristecidas
Moribundas e perdidas
Já tombadas pelo chão
Vem docemente
Colher a dália mimosa
Que tal como a doce rosa
Também perfuma a paixão
Vem amanhã
Já que ontem não vieste
E nem sequer respondeste
Ao meu apelo maior
Vem amanhã
Traz a paixão e o desejo
E sente a força dum beijo
Trocado em nome do amor
Porém não tragas perfume
Porque a rosa tem ciúme
Do cheiro forte que tens
Vem ao jardim
Aparece de surpresa
Porque a dona natureza
Fica feliz quando vens
Vem docemente
Ver folhas entristecidas
Moribundas e perdidas
Já tombadas pelo chão
Vem docemente
Colher a dália mimosa
Que tal como a doce rosa
Também perfuma a paixão
Vem amanhã
Já que ontem não vieste
E nem sequer respondeste
Ao meu apelo maior
Vem amanhã
Traz a paixão e o desejo
E sente a força dum beijo
Trocado em nome do amor
Sonho pequeno
Nenhum dos sonhos que tenho
Me faz sentir quem não sou
Cada sonho é do tamanho
Da alma que me algemou
Por saber que a luz do sonho
Nem sempre faz boa lei
Todos os dias transponho
Barreiras que não criei
Sonho que seja pequeno
Ou seja grande demais
É sempre sonho pleno
Pois não há sonhos iguais
A sonhar lá vou vivendo
A viver lá vou sonhando
Sem saber como nem quando
Os sonhos lá vão nascendo
Sonho pequeno
É o sonho em que a saudade
Nos confere a liberdade
De visitar a memória
Sonho pequeno
É o sonho em que acordado
Passeio de braço dado
Com as relíquias da história
Me faz sentir quem não sou
Cada sonho é do tamanho
Da alma que me algemou
Por saber que a luz do sonho
Nem sempre faz boa lei
Todos os dias transponho
Barreiras que não criei
Sonho que seja pequeno
Ou seja grande demais
É sempre sonho pleno
Pois não há sonhos iguais
A sonhar lá vou vivendo
A viver lá vou sonhando
Sem saber como nem quando
Os sonhos lá vão nascendo
Sonho pequeno
É o sonho em que a saudade
Nos confere a liberdade
De visitar a memória
Sonho pequeno
É o sonho em que acordado
Passeio de braço dado
Com as relíquias da história
Poema de maio
Meu tempo de viver sempre amarrado
Ao som do som que tem a voz maior
Irrompe na minh’alma quando o fado
Ocupa o espaço certo do amor
Meu tempo de viver alegremente
Atravessa comigo qualquer mar
Imponente… sem querer ser imponente
Ousado… sem sequer querer ousar
Metida nesta pele a que pertenço
Apenas tenho em mim, para viver
Invernos onde o céu parece imenso
Outonos onde a lua é mais mulher
Irrompe na minh’alma quando o fado
Ocupa o espaço certo do amor
Irrompe na minh’alma
Quanto fado
Ao som do som que tem a voz maior
Irrompe na minh’alma quando o fado
Ocupa o espaço certo do amor
Meu tempo de viver alegremente
Atravessa comigo qualquer mar
Imponente… sem querer ser imponente
Ousado… sem sequer querer ousar
Metida nesta pele a que pertenço
Apenas tenho em mim, para viver
Invernos onde o céu parece imenso
Outonos onde a lua é mais mulher
Irrompe na minh’alma quando o fado
Ocupa o espaço certo do amor
Irrompe na minh’alma
Quanto fado
Lei do fado, do amor e da vida
Perguntei ao fado amigo
Porque lhe chamam antigo
Mais antigo que a saudade
O fado disse: sou jovem
E os sonhos que então me movem
São todos da minha idade
Antigo é não ter noção
De que a voz do coração
Porque lhe chamam antigo
Mais antigo que a saudade
O fado disse: sou jovem
E os sonhos que então me movem
São todos da minha idade
Antigo é não ter noção
De que a voz do coração
É um hino intemporal
Lei do fado é lei cumprida
Lei do amor é lei da vida
Lei do fado é lei cumprida
Lei do amor é lei da vida
Lei do tempo é transversal
Antigo nunca serei
Pois sempre caminharei
Antigo nunca serei
Pois sempre caminharei
À frente do meu destino
Quem quer estar a meu lado
Tem de se manter ligado
Quem quer estar a meu lado
Tem de se manter ligado
Ao sonho mais genuíno
Maldita dor
Oh maldita dor
Que marcas presença
Trazendo a amargura
Trazendo a amargura
Violentamente
Causadora-mor
Causadora-mor
Da dor mais intensa
Que deixas escura
Que deixas escura
A alma da gente
Sabemos que tens a vil crueldade
Usada a destempo de forma mordaz
E sempre que vens roubar felicidade
Trazes o tormento que tanto mal faz
Oh maldita dor, vai-te lá embora
E deixa comigo a minha verdade
Eu quero supor que a alma só chora
Porque tem consigo a luz da saudade
Sabemos que tens a vil crueldade
Usada a destempo de forma mordaz
E sempre que vens roubar felicidade
Trazes o tormento que tanto mal faz
Oh maldita dor, vai-te lá embora
E deixa comigo a minha verdade
Eu quero supor que a alma só chora
Porque tem consigo a luz da saudade
Maria Valejo
Esta MARIA que tem
Lugar na doce memória
Dum país de sangue novo
Merece, mais que ninguém
Lugar cativo na história
Do fado, canção do povo
Maria que sempre deu
Tudo o que tinha p'ra dar
Com talento que criou
Abriu as portas do céu
A quem soube decifrar
Os sucessos que cantou
Maria que perfumou
A alma de todos nós
Com perfumes de Alentejo
Foi magia que embalou
O fado, com doce voz
Grande MARIA VALEJO
Esta grande senhora (uma das minhas divas)
Lugar na doce memória
Dum país de sangue novo
Merece, mais que ninguém
Lugar cativo na história
Do fado, canção do povo
Maria que sempre deu
Tudo o que tinha p'ra dar
Com talento que criou
Abriu as portas do céu
A quem soube decifrar
Os sucessos que cantou
Maria que perfumou
A alma de todos nós
Com perfumes de Alentejo
Foi magia que embalou
O fado, com doce voz
Grande MARIA VALEJO
Esta grande senhora (uma das minhas divas)
deveria chamar-se *MAGIA VALEJO*
Um pedido à saudade
Saudade, escuta este fado
Que sempre canto a pensar
Na chama que tens acesa
Por ti cometo o pecado
De pôr a alma a chorar
Ao compasso da tristeza
Não sou em nada dif'rente
De quem sente bem o peso
Que tens na alma do tempo
Sou fruto dum acidente
Do qual escapei ileso
Mas ferido cá por dentro
Um acidente de amor
Que marcou a minha vida
E matou a felicidade
Por isso, faz-me um favor
Deixa-me d'alma ferida
E vai-te embora saudade
Na chama que tens acesa
Por ti cometo o pecado
De pôr a alma a chorar
Ao compasso da tristeza
Não sou em nada dif'rente
De quem sente bem o peso
Que tens na alma do tempo
Sou fruto dum acidente
Do qual escapei ileso
Mas ferido cá por dentro
Um acidente de amor
Que marcou a minha vida
E matou a felicidade
Por isso, faz-me um favor
Deixa-me d'alma ferida
E vai-te embora saudade
Musa acorrentada
Nos poemas que cultivo
Entendo o que a alma sente
E sinto o sonho mais vivo
Que a alma da minha gente
Sinto a musa acorrentada
Ao regaço da saudade
Por sentir o quanto arde
A chama descontrolada
Sinto a luz do paraíso
Dar cor às noites de breu
Enquanto estrelas, no céu
Relembram o teu sorriso
Dum amor mais do que tudo
Resta pouco, ou quase nada
Meu amor, meu grito mudo
Meu rio de água gelada
Entendo o que a alma sente
E sinto o sonho mais vivo
Que a alma da minha gente
Sinto a musa acorrentada
Ao regaço da saudade
Por sentir o quanto arde
A chama descontrolada
Sinto a luz do paraíso
Dar cor às noites de breu
Enquanto estrelas, no céu
Relembram o teu sorriso
Dum amor mais do que tudo
Resta pouco, ou quase nada
Meu amor, meu grito mudo
Meu rio de água gelada
Olhos de ver melhor
Quando com olhos de ver
Vejo para além de mim
Sinto que chegou ao fim
O sonho de querer ser
Até lá, sei que terei
Um tempo de longa espera
Fazendo da Primavera
O Verão que desejei
Quando com olhos reais
Vejo a essência da vida
Sinto quanto a despedida
Nos dá saídas normais
Vejo para além de mim
Sinto que chegou ao fim
O sonho de querer ser
Porque nem sempre, querer
É poder... e sendo assim
Vejo para além de mim
O que ninguém pode ver
Um dia, tudo vai ser
Como sempre imaginei
O mundo inteiro vai ter
A mesma força de lei
É poder... e sendo assim
Vejo para além de mim
O que ninguém pode ver
Um dia, tudo vai ser
Como sempre imaginei
O mundo inteiro vai ter
A mesma força de lei
Até lá, sei que terei
Um tempo de longa espera
Fazendo da Primavera
O Verão que desejei
Quando com olhos reais
Vejo a essência da vida
Sinto quanto a despedida
Nos dá saídas normais
Sã leviandade
Sabendo a dimensão da voz que tenho
Limito a minha voz ao meu espaço
Sem temer as montanhas do fracasso
Sem suster tempestades que desenho
De quando em vez, perdido na cidade
Onde os poetas são gente vulgar
Liberto a minha sã leviandade
E vou de peito aberto, então, pecar
Peco sempre, quando olho sem limite
A figura da mulher que por mim passa
Também peco, quando em vez duma chalaça
Mosto o sorriso atrevido do convite
Peco até, quando mantenho a pretensão
De querer uma rua só p’ra mim
Sou igual ao sol ardente dum Verão
Que gostando de flores, queima o jardim
Limito a minha voz ao meu espaço
Sem temer as montanhas do fracasso
Sem suster tempestades que desenho
De quando em vez, perdido na cidade
Onde os poetas são gente vulgar
Liberto a minha sã leviandade
E vou de peito aberto, então, pecar
Peco sempre, quando olho sem limite
A figura da mulher que por mim passa
Também peco, quando em vez duma chalaça
Mosto o sorriso atrevido do convite
Peco até, quando mantenho a pretensão
De querer uma rua só p’ra mim
Sou igual ao sol ardente dum Verão
Que gostando de flores, queima o jardim
Minha saudosa primavera
Em cada verso que te dou e te consagro
Há sempre um sonho que não tem ponto final
Na minha alma de poeta, ainda trago
Recordações duma paixão intemporal
Dentro do peito, trago versos magoados
Simbolizando primaveras por vingar
E trago sonhos que foram despedaçados
Pela certeza, que daqui não vão passar
Eu quero ver nascer
O sol que faz viver
Sempre que aperto
A tua mão contra o meu peito
Estando sem ti, amor
Eu sou um fado em dor
Estando contigo
Sou um fado mais perfeito
No coração trago a imagem sonhadora
Da tua boca, soletrando o meu desejo
Trago no olhar uma vontade tentadora
De pôr estrelas na saudade do teu beijo
E nesta dor com que gerei este poema
Encontrarás um coração que te venera
Ai meu amor, minha paixão mais que suprema
Meu roseiral, minha saudosa primavera
Há sempre um sonho que não tem ponto final
Na minha alma de poeta, ainda trago
Recordações duma paixão intemporal
Dentro do peito, trago versos magoados
Simbolizando primaveras por vingar
E trago sonhos que foram despedaçados
Pela certeza, que daqui não vão passar
Eu quero ver nascer
O sol que faz viver
Sempre que aperto
A tua mão contra o meu peito
Estando sem ti, amor
Eu sou um fado em dor
Estando contigo
Sou um fado mais perfeito
No coração trago a imagem sonhadora
Da tua boca, soletrando o meu desejo
Trago no olhar uma vontade tentadora
De pôr estrelas na saudade do teu beijo
E nesta dor com que gerei este poema
Encontrarás um coração que te venera
Ai meu amor, minha paixão mais que suprema
Meu roseiral, minha saudosa primavera
Paixão ternurenta
Subindo contigo à lua
Numa nuvem ternurenta
O teu olhar insinua
Uma paixão violenta
Tão violenta, tão forte
Cheia de mel e feroz
Que chego a perder o norte
No rumo da tua foz
Saltando barreiras
Passando fronteiras
Numa nuvem ternurenta
O teu olhar insinua
Uma paixão violenta
Tão violenta, tão forte
Cheia de mel e feroz
Que chego a perder o norte
No rumo da tua foz
Saltando barreiras
Passando fronteiras
Que a vida apresenta
Vamos colorindo
Este sonho lindo
Vamos colorindo
Este sonho lindo
De paixão violenta
De abraço em abraço
Ganhei um espaço
De abraço em abraço
Ganhei um espaço
No teu coração
E de beijo em beijo
Aumenta o desejo
E de beijo em beijo
Aumenta o desejo
De amor em paixão
O elo que nos uniu
Trouxe mais luz e mais cor
Decerto jamais se viu
Um amor com tanto amor
Somos dois parecendo um
Vivendo no mesmo fado
Amor igual a nenhum
Com o destino marcado
O elo que nos uniu
Trouxe mais luz e mais cor
Decerto jamais se viu
Um amor com tanto amor
Somos dois parecendo um
Vivendo no mesmo fado
Amor igual a nenhum
Com o destino marcado
Coisas do amor
Nas coisas do coração
Com muita ou pouca paixão
Com mais fogo ou menos chama
Existe sempre um motivo
Pra que se mantenha vivo
O sonho que nos inflama
É no sonhar que consiste
A força de quem persiste
Na caminhada futura
E quase sempre é possível
Transformar um sonho incrível
Numa coisa bela, pura
Cada passo que o amor
Vai dando, leva a supor
Que o amanhã logo vem
Assim, de passo marcado
Cada um tem o seu fado
Nos fados que a vida tem
Com muita ou pouca paixão
Com mais fogo ou menos chama
Existe sempre um motivo
Pra que se mantenha vivo
O sonho que nos inflama
É no sonhar que consiste
A força de quem persiste
Na caminhada futura
E quase sempre é possível
Transformar um sonho incrível
Numa coisa bela, pura
Cada passo que o amor
Vai dando, leva a supor
Que o amanhã logo vem
Assim, de passo marcado
Cada um tem o seu fado
Nos fados que a vida tem
Cama fria do amor
Na cama fria aonde o fogo da paixão
Adormeceu com o silêncio do amor
Apenas eu mantenho a luz da ilusão
Porque não sei como lidar com esta dor
A noite cai e traz consigo a solidão
Que me algemou à grade fria da saudade
Quando adormeço tenho sempre a sensação
De que adormeço agarrado à felicidade
Mas na verdade, a felicidade é já passado
E o passado é a memória magoada
A cama fria do amor tem este fado
Que me conforta e me serve de almofada
Adormeceu com o silêncio do amor
Apenas eu mantenho a luz da ilusão
Porque não sei como lidar com esta dor
A noite cai e traz consigo a solidão
Que me algemou à grade fria da saudade
Quando adormeço tenho sempre a sensação
De que adormeço agarrado à felicidade
Mas na verdade, a felicidade é já passado
E o passado é a memória magoada
A cama fria do amor tem este fado
Que me conforta e me serve de almofada
Beija-mão
Na bravura, na coragem
Na doçura, na paixão
Na sedução da viagem
Nascemos e logo então;
Criamos a tal imagem
Que damos de beija-mão
Damos aquilo que temos
Mesmo pouco ou quase nada
E por vezes recebemos
Sorrisos d’alma rasgada;
O pouco que recebemos
Nunca é de mão beijada
Se mais não podemos dar
Se mais não podemos ter
Decerto temos o mar
Que nos faz estremecer;
Mar que nos faz naufragar
P’ra voltarmos a viver
Na doçura, na paixão
Na sedução da viagem
Nascemos e logo então;
Criamos a tal imagem
Que damos de beija-mão
Damos aquilo que temos
Mesmo pouco ou quase nada
E por vezes recebemos
Sorrisos d’alma rasgada;
O pouco que recebemos
Nunca é de mão beijada
Se mais não podemos dar
Se mais não podemos ter
Decerto temos o mar
Que nos faz estremecer;
Mar que nos faz naufragar
P’ra voltarmos a viver
O navio da saudade
O navio da saudade / conselheira
Navega no mar da alma / sonhadora
Nas marés da felicidade / mensageira
És tu a onda mais calma / sedutora
Tens contigo o doce bem / e o poder
De pacificar o vento / mais cruel
És sereia de ninguém / e por prazer
Controlas o sentimento / mais fiel
Tens na tua sedução / angelical
O perfume das marés / por navegar
Na raiz duma paixão / intemporal
Sou onda que já não vês... nesse teu mar
Já não tens sonhos reais... para sentir
Nem sequer tens nova cor / para agradar
Andas buscando corais / por descobrir
Navega no mar da alma / sonhadora
Nas marés da felicidade / mensageira
És tu a onda mais calma / sedutora
Tens contigo o doce bem / e o poder
De pacificar o vento / mais cruel
És sereia de ninguém / e por prazer
Controlas o sentimento / mais fiel
Tens na tua sedução / angelical
O perfume das marés / por navegar
Na raiz duma paixão / intemporal
Sou onda que já não vês... nesse teu mar
Já não tens sonhos reais... para sentir
Nem sequer tens nova cor / para agradar
Andas buscando corais / por descobrir
Nas profundezas do amor / por inventar
Sandra
Tudo em ti me fascina
Tudo em ti é paixão
És farol que ilumina
Os versos desta canção
Sei que vamos conseguir
A mais bonita união
Nascida do nosso beijo
Dia a dia vão surgir
Razões para o coração
Arder no nosso desejo
Sei que vamos decifrar
A cor da nossa verdade
No fogo da sedução
Diremos o verbo amar
Revestindo a felicidade
Através desta paixão
Tudo em ti é paixão
És farol que ilumina
Os versos desta canção
Sei que vamos conseguir
A mais bonita união
Nascida do nosso beijo
Dia a dia vão surgir
Razões para o coração
Arder no nosso desejo
Sei que vamos decifrar
A cor da nossa verdade
No fogo da sedução
Diremos o verbo amar
Revestindo a felicidade
Através desta paixão
Letra de José Fernandes Castro
Música de José Lopes (Zézito)
Gravado por Duo Cintilante
Gravado por Duo Cintilante
Outono do amor
O meu amor por ti, é folha triste
Pisada p’lo outono do amor
A minha primavera não existe
Nem sequer o verão tem mais calor
O meu amor por ti, é um inferno
Que queima da maneira feroz
Agora, sou a marca dum inverno
Que teima em regelar a minha voz
O meu amor por ti, é tempestade
Que não tem hora certa p’ra chegar
Às vezes, chega tarde, muito tarde
Trazendo a solidão e o penar
Agora não consigo controlar
A dor, que não me deixa sossegado
E neste amor que tenho p’ra te dar
Apenas resta a alma do meu fado
Pisada p’lo outono do amor
A minha primavera não existe
Nem sequer o verão tem mais calor
O meu amor por ti, é um inferno
Que queima da maneira feroz
Agora, sou a marca dum inverno
Que teima em regelar a minha voz
O meu amor por ti, é tempestade
Que não tem hora certa p’ra chegar
Às vezes, chega tarde, muito tarde
Trazendo a solidão e o penar
Agora não consigo controlar
A dor, que não me deixa sossegado
E neste amor que tenho p’ra te dar
Apenas resta a alma do meu fado
Graças a ti, sou poeta
Confessei segredos meus
Ao luar encandescente
Que faz de ti uma estrela
E com a benção dos céus
Fiz de ti um sol poente
Visto da minha janela
Depois, confessei ao vento
Os segredos escondidos
Duma aguarela sem cor
Pela voz do sentimento
Cantei versos proibidos
Em nome dum grande amor
Foi com a alma aberta
Que gerei nova ternura
Nas margens do pensamento
Graças a ti... sou poeta
Graças a ti... sou loucura
Meu amor em movimento
Ao luar encandescente
Que faz de ti uma estrela
E com a benção dos céus
Fiz de ti um sol poente
Visto da minha janela
Depois, confessei ao vento
Os segredos escondidos
Duma aguarela sem cor
Pela voz do sentimento
Cantei versos proibidos
Em nome dum grande amor
Foi com a alma aberta
Que gerei nova ternura
Nas margens do pensamento
Graças a ti... sou poeta
Graças a ti... sou loucura
Meu amor em movimento
Quero
Não te posso dar o mundo
Não te posso dar o céu
Mas posso dar-te num beijo
O que ninguém mais te deu
Não te prometo roseiras
Nem cravos de rubra côr
Te prometo horas inteiras
Trocando amor com amor
Quero
Ser feliz contigo
Não temo o perigo
De enfrentar o mundo
Quero
Mil beijos te dar
P’ra simbolizar
O nosso amor profundo
Beijos perdidos nos lábios
Bocas pedindo mais beijos
Dou-te a riqueza dos sábios
Dou-te o sal dos meus desejos
Não te vou dar incertezas
Porque tu isso não queres
Não vou dar-te a minha vida
Mas dou-me a ti, se quiseres
Letra de José Fernandes Castro
Não te posso dar o céu
Mas posso dar-te num beijo
O que ninguém mais te deu
Não te prometo roseiras
Nem cravos de rubra côr
Te prometo horas inteiras
Trocando amor com amor
Quero
Ser feliz contigo
Não temo o perigo
De enfrentar o mundo
Quero
Mil beijos te dar
P’ra simbolizar
O nosso amor profundo
Beijos perdidos nos lábios
Bocas pedindo mais beijos
Dou-te a riqueza dos sábios
Dou-te o sal dos meus desejos
Não te vou dar incertezas
Porque tu isso não queres
Não vou dar-te a minha vida
Mas dou-me a ti, se quiseres
Letra de José Fernandes Castro
Música de José Lopes (Zézito)
Gravado por Duo Cintilante
Gravado por Duo Cintilante
Primavera do amor
A primavera do amor
Para mim, foi em Outubro
Conheci uma flor
Que pôs minha alma ao rubro
Senti a voz do desejo
Falar da sua paixão
Senti o calor do beijo
Queimar o meu coração
Oh Sandra, oh Sandra
Para mim, foi em Outubro
Conheci uma flor
Que pôs minha alma ao rubro
Senti a voz do desejo
Falar da sua paixão
Senti o calor do beijo
Queimar o meu coração
Oh Sandra, oh Sandra
Oh Sandra, minha flor
Oh Sandra, oh Sandra
Oh Sandra, oh Sandra
Tu és o meu grande amor
Quero sentir o prazer
De tê-la sempre a meu lado
Com ela irei conhecer
O paraíso encantado
Não quero que ela esqueça
Que dentro de mim está
Quero apenas que mereça
O sol do meu amanhã
Letra de José Fernandes Castro
Quero sentir o prazer
De tê-la sempre a meu lado
Com ela irei conhecer
O paraíso encantado
Não quero que ela esqueça
Que dentro de mim está
Quero apenas que mereça
O sol do meu amanhã
Letra de José Fernandes Castro
Música de José Lopes (Zézito)
Gravado por Duo Cintilante
Gravado por Duo Cintilante
Tenho
Eu já não sei se ainda me amas
Eu já não sei se ainda te quero
Eu só sei que tu me chamas
O teu amor sincero
Tenho...
Mil segredos p’ra te dar
Na força do teu olhar
Tenho o sol da primavera
Tenho...
Mil marés de tempestade
E no fogo da verdade
Tenho sonhos de quimera
Tenho...
Mil desejos de te ver
E o gosto do teu prazer
Faz de mim o teu amante
Tenho...
Um coração a sofrer
Com medo de te perder
Sente o fim a cada instante
Eu já não sei se ainda te quero
Eu só sei que tu me chamas
O teu amor sincero
Tenho...
Mil segredos p’ra te dar
Na força do teu olhar
Tenho o sol da primavera
Tenho...
Mil marés de tempestade
E no fogo da verdade
Tenho sonhos de quimera
Tenho...
Mil desejos de te ver
E o gosto do teu prazer
Faz de mim o teu amante
Tenho...
Um coração a sofrer
Com medo de te perder
Sente o fim a cada instante
Letra de José Fernandes Castro
Música de José Lopes (Zézito)
Gravado por Duo Cintilante
Grito avassalador
Vou fazer desta paixão / quase voraz
Um sopro de liberdade / abençoada
Para que a luz da saudade / enfeitiçada
Seja um enorme clarão / cheio de paz
Vou fazer deste poema / sonhador
A alma dum fado novo / genial
Porque sei que vale a pena / meu amor
Rebuscar o teu passado / intemporal
Vou fazer desta canção / madrugadora
Um grito avassalador / e desmedido
Para que a tua emoção / confrangedora
Sinta compassos d’amor / correspondido
Quando a neve desta vida / acidentada
Nos trouxer a outra cor / e a outra idade
A minh’alma agradecida / e já cansada
Buscará o teu amor / numa saudade
Um sopro de liberdade / abençoada
Para que a luz da saudade / enfeitiçada
Seja um enorme clarão / cheio de paz
Vou fazer deste poema / sonhador
A alma dum fado novo / genial
Porque sei que vale a pena / meu amor
Rebuscar o teu passado / intemporal
Vou fazer desta canção / madrugadora
Um grito avassalador / e desmedido
Para que a tua emoção / confrangedora
Sinta compassos d’amor / correspondido
Quando a neve desta vida / acidentada
Nos trouxer a outra cor / e a outra idade
A minh’alma agradecida / e já cansada
Buscará o teu amor / numa saudade
Dança do amor total
Quando a noite vai alta
A lua não descansa
Sentindo que lhe falta
O prazer de uma dança;
Dois corpos bem cingidos
Em doces rituais
Dão como permitidos
Os pecados normais
A noite lá caminha
Em direção segura
E logo se adivinha
Um clarão de ternura
Ternura que se troca;
Ao compasso do beijo
Formando uma só boca
Em nome do desejo
Nesta dança tempestiva
Tão sedutora, tão nossa
Nada há que se não diga
Nada há que se não possa
A lua não descansa
Sentindo que lhe falta
O prazer de uma dança;
Dois corpos bem cingidos
Em doces rituais
Dão como permitidos
Os pecados normais
A noite lá caminha
Em direção segura
E logo se adivinha
Um clarão de ternura
Ternura que se troca;
Ao compasso do beijo
Formando uma só boca
Em nome do desejo
Nesta dança tempestiva
Tão sedutora, tão nossa
Nada há que se não diga
Nada há que se não possa
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